quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Crítica - Augusto Jantar por Ricardo Matioli

AUGUSTO 'come' JANTAR! 
   
  O teatro hoje caminha por movimentos de liberdade de expressão, conforme a necessidade de seus criadores.
   Dentro do projeto curta-teatro de São José do Rio Preto (Sesc e Associart), assisti a um espetáculo em processo-finalizado que me remeteu a pensar exatamente nesta originalidade do texto-espetáculo AUGUSTO JANTAR.
   Vemos em cena bela e composta cenografia com mesa e castiçais e flores e cadeiras, de extremo bom gosto, e uma iluminação como uma tela pintada, nos lembrando movimentos outonais de nossas almas. As personagens conectadas, numa interpretação contida e anti-naturalista, exerce o hipnotismo da cena, fazendo com que acompanhemos o catártico (ainda em processo)  final trágico. Um homem e uma mulher, entre brigas psicológicas, falam e questionam sua serviçal, pondo a personagem deste desfecho, como fato principal da história. Os figurinos e ainda a trilha sonora ( que susssurra aos nossos ouvidos) inserindo  o tempo e estado do onde apresentado.
   A encenação neste caso, é concisa e precisa, não sujando em nenhum momento a importância da sujeira do ato da mulher, onde no final assume ter cozinhado a própria serviçal, durante o jantar de seu amado Augusto, nos revelando imenso osso humano.
   Um espetáculo de beleza plástica e proposta séria em busca destes pockets literários.
   Evoé!
 
Ricardo Matioli
28/09/2011 11:33

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